HomeDREAMNotícias (Moçambique)
Nova abordagem numa luta antiga
24
Giu
2008
24 - Giu - 2008



 

Uma festa com mais de 700 pessoas foi o lançamento do Movimento EU DREAM, no sábado passado, em Maputo. 

Vieram de vários bairros da cidade, de Boane, da Matola, da Machava. Vieram dos centros DREAM e também de outros pontos da Grande Maputo, os activistas e os amigos do Movimento EU DREAM. “Somos todos activistas. Temos de nos juntar a cada dia mais porque a luta contra o HIV/SIDA é difícil, mas juntos podemos vencer!”, apelou do palco Percina Nassone. “Se os resultados do programa DREAM em seis anos de actividade são os que conhecemos, isto é mais de 15.000 pessoas em tratamento, mais de 30.000 em assistência, mais de 4.000 crianças nascidas são, sem o vírus, significa que estamos no bom caminho. E temos a cada momento lutar contra a discriminação!”

O Movimento internacional “EU DREAM” nasceu do programa DREAM (Drugs Resources Enhancement against Aids and Malnutrition, Reforço Medicamentoso contra a Sida e Malnutrição). O lançamento foi em Maputo porque é nesta cidade que começou em 2002, pela Comunidade de Santo Egídio. Hoje está em 10 países africanos. O Movimento terá o seu lançamento na cidade da Beira no próximo sábado, e brevemente no Malawi.

Stewart Sukuma e a sua banda animaram o evento. “Sinto-me lisonjeado por contribuir nesta causa que nos deve ver todos empenhados, na primeira pessoa. Todos somos afectados. A música é para sonhar e lutar. E a mensagem de esperança que o Movimento EU DREAM lança aqui em Maputo deve ser levada a sério. Temos de pensar nas jovens gerações. Temos de sonhar!”, disse o músico, visivelmente comovido depois de um grupo de crianças terem lançado balões para o céu de África com o Manifesto do movimento, após a leitura feita pela actriz Ana Magaia.

Ao lado do palco, tecidos coloridos que davam a ideia do arco-íris, a ideia da paz. O pavilhão do Estrela Vermelha continuava a encher de gente, que chegou até o evento ter acabado. “Problema de transporte”, diziam as pessoas.

O presidente do Conselho Municipal, Eneas Comiche, que deu o pontapé de saída ao lançamento, elogiou o vídeo “Viva a África viva”, de Paolo Mancinelli. “O vídeo que aqui foi exibido é testemunho que nós podemos travar esta pandemia. É testemunho de coragem! Ouvimos uma senhora dizer: ‘Eu não sou um fantasma!; outra disse: ‘Eu estou bem, eu trabalho, estudo, faço tudo o que um homem normal faz!’ Isto tudo, porque elas assumiram a sua doença com coragem e porque se tratam!”. Portanto, temos de nos tratar, mas também de nos prevenir, usando, por exemplo, o preservativo e sendo fiel ao nosso parceiro.”

Eneas Comiche também se juntou no apelo contra o estigma: “Uma pessoa isolada pela sua comunidade é uma pessoa infeliz e propensa a desenvolver a sua doença. A solidariedade é uma necessidade, um dever de todos nós e de cada um de nós!”. E aquela senhora “fantasma” do vídeo, Ana Maria Muhai, convidou Comiche a dançar ao som das músicas de Stewart Sukuma.

No fim uma surpresa. Stewart convidou o músico Costa Neto ao palco. “Sempre presente!” E as bancadas continuaram a dançar ao ritmo das notas de “Mandjolo”.

NEWSLETTER

Mantieniti in contatto con DREAM

* Campo obbligatorio