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3 milhões de moçambicanos com HIV-Sida
13
Lug
2008
13 - Lug - 2008



– refere Andrea Riccardi, patrono da Comunidade Sant´Egidio, de visita a Moçambique

"Não estamos na área de fazer levantamento das causas mas sim de tratamento e acompanhamento das pessoas que vivem com HIV/SIDA. Neste momento não podemos olhar para atrás no sentido de saber o porquê disto ou aquilo. Vamos enfrentar a doença" – Inês Zimba, da Comunidade Sant´Egidio.

Maputo (Canal de Moçambique) – O mais alto responsável da Comunidade Sant´Egidio, Andrea Riccardi, falando há dias em Maputo numa conferência de imprensa para abordar a situação do HIV/SIDA em Moçambique no âmbito da sua visita ao Programa «DREAM» da agremiação que ele é fundador, disse que a pandemia em Moçambique actualmente atinge “mais de 3 milhões de pessoas” e a sua organização cuida de “14 mil pessoas que estão a beneficiar da terapia anti-retroviral e outras 35 mil pessoas de assistência e tratamento de infecções oportunistas bem como de apoio nutricional e programas de educação sanitária”.
“Em cada ano”, segundo Inês Zimba, a comunidade italiana que patrocinou as conversações que conduziram Moçambique à Paz despende anualmente em assistência, por pessoa, 300 USD em terapia anti-retroviral. E, incluindo os testes laboratoriais e assistência o valor atinge os 700 USD.
Segundo Inês Zimba, da Comunidade Sant´Egidio em Maputo, a situação do HIV/SIDA em Moçambique é uma realidade pelo que “apostam” em “melhorar a maneira de assistência aos doentes vivendo com HIV”.
Inês Zimba afirmou ainda que a Comunidade Sant´Egidio em Moçambique, actua através do seu programa «DREAM», e “14 mil pessoas estão a beneficiar da terapia anti-retroviral e, outras 35 mil pessoas seropositivas, de assistência e tratamento de infecções oportunistas bem como do apoio nutricional e programas de educação sanitária”.
“Junto do Ministério da Saúde estão sendo desencadeados continuamente mecanismos necessários e concretos no sentido de melhorarmos cada vez mais a área de assistência laboratorial, alimentar e domiciliária para os pacientes vivendo com HIV”, disse noutro passo Inês Zimba para de seguida avançar que no âmbito dos tratamentos que o programa «DREAM» já levou a cabo, “de prevenção vertical mãe-filho em mulheres seropositivas, foram assistidas 5 mil pacientes” e “om ajuda do mesmo programa 4000 bebés de mães seropositivas nasceram sem HIV”.

Formação

No campo da formação, Inês Zimba disse que já houve 13 cursos de formação pan-africanos. E mais de 3 mil profissionais africanos foram treinados em matérias sobre o HIV/SIDA.
Questionada pelo «Canal de Moçambique» sobre as causas que têm estado por detrás do incremento dos índices de seroprevalência em Moçambique apesar dos esforços que vêm sendo desencadeados, Inês Zimba respondeu que a sua organização não está na área de fazer levantamento das causas “mas, sim, de tratamento e acompanhamento das pessoas que vivem com HIV/SIDA”.
“Neste momento não podemos olhar para atrás no sentido de sabermos o porquê disto ou daquilo. Vamos enfrentar a doença”, disse.
Segundo dados da Comunidade Sant´Egidio fornecidas pelo MISAU, Moçambique tem taxa de seroprevalência nacional de 16 por cento numa população de quase 20 milhões. No entanto apenas cerca de 75 mil beneficiam do tratamento antiretroviral.
Entretanto, face à pandemia, Zimba disse que "o DREAM fornece ARVs a mais de 14 mil seropositivos em Moçambique e “para evitar interrupções no tratamento, fazemos uma abordagem personalizada entre o paciente e o médico, além de promovermos palestras e trabalhos de sensibilização”.

(Emildo Sambo)

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