HomeDREAMSavana (Mozambico) – Também nós queremos viver! O grito das crianças seropositivas
25
Mag
2006
25 - Mag - 2006



"A Albertina é uma criança seropositiva em tratamento antiretroviral. Esteve seis meses internada e estava morrendo. Agora está com 14 anos, é uma rapariga bonita, vai à escola, tem amigas. Hoje Albertina é capaz de tomar o tratamento, tão bem que ela mesma lembra a mãe de tomar o seu. Agora o seu sonho é ser médica pediatra e tratar as crianças no futuro."

Foi a Cacilda Massango que contou esta história em Roma perante uma plateia de centenas de pessoas, no Capitólio, a sede da Câmara da capital italiana. Tratar as crianças seropositivas deve ser a prioridade das prioridades porque o futuro é possível também para elas, "Também nós queremos viver!". Foi este o lema escolhido para a IV Conferencia Internacional DREAM (Drug Resource Enhancement against Aids and Malnutrition) que decorreu em Roma a 19 de Maio.
Se nos países ocidentais já quase não nascem crianças seropositivas, em África e no sul do mundo a doença continua a alastrar-se, sobretudo entre os mais pequenos. As crianças mortas em 2005 por causa do HIV no mundo foram 570 mil, das quais 480 mil em África. Um número igual a três tsunamis. Entre todos que morrem por causa da SIDA, um entre seis é uma criança.

Quem traçou este quadro foi a Comunidade de Santo Egidio durante a IV Conferencia Internacional « Também nós queremos viver », onde foram apresentados os resultados do programa DREAM para a luta contra a SIDA em sete países africanos.
O objectivo do encontro foi o de alertar as instituições europeias e africanas, a comunidade científica internacional e a opinião pública mundial sobre a condição das crianças seropositivas em África.

"A SIDA mata e destrói as famílias e por isso o DREAM é orientado à protecção da família africana", disse Leonardo Palombi, coordenador científico de DREAM, juntamente com a médica italiana Cristina Marazzi.
Nas suas intervenções ilustraram o programa DREAM e ofereceram actualizações sobre as conquistas alcançadas desde 2002, quando o programa foi implementado em Moçambique. Entre os 7.000 pacientes em tratamento antiretroviral, 1.300 são crianças.
Os dois médicos evidenciaram as dificuldades ainda por ultrapassar, como o diagnóstico, que não é simples e requer particular competência em situação de carência de profissionais adequados e meios de diagnóstico; a tipologia dos medicamentos disponíveis, xaropes de difícil dosagem, ministraçao e conservação; a fraqueza e a pobreza das famílias e do ambiente social; a carência dos serviços específicos para a infância em África, a sustentabilidade económica.

"A prioridade é de fazer justiça oferecendo em África os mesmos tratamentos e a mesma esperança disponíveis no ocidente para os doente de SIDA", disse Palombi.
Na conferência fizeram-se presentes 17 ministros da saúde africanos, e a doutora Karin Nielsen do Departamento de Pediatria e Doenças Infecciosas da UCLA de Los Angeles, o Banco Mundial, o Unicef, o PMA, e a esposa do presidente de Moçambique, Maria da Luz Guebuza.
O DREAM è um programa de controlo, prevenção e tratamento, de luta global contra a infecção do HIV nos países com recursos limitados. Nasceu com o objectivo de juntar prevenção e trat

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