HomeDREAMSavana (Mozambico) – Para combater a SIDA: Biologia molecular, antiretrovirais e boa nutrição
27
Mag
2007
27 - Mag - 2007



Da SAVANA 25/5/2007

Por Vitoria Di Lelio*

Um acordo de colaboração entre o programa DREAM (Reforço medicamentoso contra a SIDA e má nutrição) e a Siemens para o estudo das resistências virais e os genotipos da SIDA em África foi assinado em Roma durante a V Conferência Internacional DREAM, na última semana.
O acordo entre a Comunidade de Sant’ Egidio e a Siemens Solution Diagnostics reduz os custos dos testes clínicos de biologia molecular para o estudo das resistências virais aos medicamentos, testes indispensáveis para permitir aos pacientes em tratamento há muito tempo para continuarem a serem tratados com sucesso.
O acordo de um milhão de euros por três anos prevê kits de biologia molecular para os testes da carga viral, a formação de pessoal e a manutenção dos laboratórios, reduzindo o custo actual de 30%. São já 21 os centros DREAM em África e 12 laboratórios de biologia molecular em dez países africanos, três estão em Moçambique, no hospital central de Maputo, na Beira e em Nampula.
“Infelizmente tem-se privilegiado uma abordagem minimalista para o tratamento da SIDA em África. De um lado se falava dos custos proibitivos da terapia antiretroviral em África, do outro não se frisava a importância da biologia molecular”, disse Mário Marazziti durante a conferência de imprensa à margem da V Conferência Internacional DREAM, Viva África viva. “Tem-se pressionado para se ter medicamentos disponíveis a preços inferiores, mas não se tem frisado a importância da biologia molecular para o tratamento da SIDA.”
Enquanto ainda estamos muito longe de uma resposta eficaz para o tratamento de todos, em África vai-se formando a maior população mundial de pessoas em tratamento antiretroviral. O teste da carga viral é o único instrumento capaz de compreender imediatamente quando começa uma resistência por parte do organismo: permite alterar a terapia em tempo útil e simultaneamente manter a eficácia dos medicamentos, evitando assim um falhanço terapêutico.
“Hoje a mais vasta população em tratamento antiretroviral se encontra em África. Cerca de um milhão e meio de pessoas”, disse Leonardo Palombi, director científico do DREAM. “É preciso estudar e ter em conta as mutações virais e as resistências, sobretudo porque em África o HIV é mais agressivo.”
A contestação do uso da carga viral, por ser muito cara, perde valor perante o grande número de pacientes: quando se abre o mercado os preços caem abertamente. “Podemos reduzir os custos, pois prevemos uma expansão do mercado”, disse George Avondo, director do sector de diagnóstico da Siemens, “mas não podemos nem queremos deixar de lado a parte da nossa responsabilidade social.”
A V Conferência DREAM teve como lema “Viva África viva: lutar contra a SIDA e a má nutrição” e contou com a presença de 17 ministros da saúde africanos, que no fim dos trabalhos foram recebidos pelo Presidente da
República italiana, Giorgio Napolitano. Moçambique foi representado pela vice-ministra da Saúde, Aida Libombo, e Joana Mangueira, secretária executiva do CNCS (Conselho Nacional de Combate à SIDA).
A delegação moçambicana era formada pelos médicos e técnicos do programa DR

NEWSLETTER

Mantieniti in contatto con DREAM

* Campo obbligatorio