HomeDREAMA Tribuna (Moçambique): Santo Egídio exige mudança de políticas
30
Nov
2007
30 - Nov - 2007



MAPUTO — Celebra-se, amanhã, o 1 de Dezembro, Dia Mundial da luta contra o HIV/SIDA. Neste contexto, a Comunidade Santo Egídio exige a mudança de políticas nas acções de prevenção e combate à pandemia, no País, onde doentes só fazem teste pela recomendação médica e já no estado terminal.

“O problema do HIV/SIDA passa pela mudança de políticas implementadas, no País. Deve apostar-se na testagem voluntária, o mais cedo possível, para se evitar que a pessoa faça-o por recomendações médicas e na fase terminal da doença”, alertou, Francisco Cocoto, representante da Comunidade Santo Egídio.
Cocoto, que falavam, ontem, num encontro com os lideres de opinião no âmbito da preparação da celebração do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, cujas cerimónias centrais terão lugar na Capital, ajuntou que, depois do aconselhamento para teste, o indivíduo deveria ser informado sobre o significado do teste e da medicação.
“Os anti-retrovirais são fortes. Podem salvar a vida como também podem criar problemas. Esta questão é séria”, disse, reconhecendo que o conselho pré-teste é importante porque, para além de a pessoa estar preparada para assumir o resultado, deve ter a certeza de se acusar positivo terá acesso ao tratamento. Fez saber que, nos hospitais da Comunidade Santo Egídio existentes no País, já não se faz testes, e os doentes aparecem com os resultados obtidos através das análises aconselhadas pelas equipas técnicas noutros hospitais.
A fonte lamentou o facto de, apesar de o País dispor de tratamento vertical que evita a transmissão do vírus da mães seropositivas para filhos, existirem crianças seropositivas.
A presidente da Monaso, Alice Lipangue, disse, na ocasião, que o lema escolhido para as cerimónias do Dia Mundial da Sida para este ano, está centrado nas lideranças.
“O evento serviu de reflexão. Para nós, o líder não é só aquele que arrasta multidões, mas aquele que, a partir do chefe da família até ao nível mais alto”, disse, afirmando que Moçambique está a celebrar o dia 1 de Dezembro desde 1998, ano em que viu que a pandemia estava a subir.
Segundo Lipangue esta doença desequilibra o desenvolvimento. “Reunimonos com os líderes para ouvirmos a opinião deles e trocarmos impressões sobre esta doença, pois, precisamos entender por que é que, até agora, não encontramos uma saída sobre esta situação. “É triste quando, numa sociedade, elementos de uma família estão na rua por causa do HIV/SIDA”, disse. (CS)

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