HomeDREAMBBC (en Moçambique) – Programa DREAM ajuda seropositivos moçambicanos
10
Lug
2008
10 - Lug - 2008



 

Mais de quatro mil e oitocentas crianças, filhas de mães seropositivas, nasceram sem HIV nos últimos seis anos em Moçambique. 

O feito deve-se ao programa DREAM, que providencia actualmente tratamento anti-retroviral a quinze mil moçambicanos.
O programa é tido como uma rara história de sucesso na área do HIV/Sida, que afecta 16% da população moçambicana – uma das mais altas taxas de infecção em todo o mundo.
O programa DREAM é da Comunidade Católica Sant’Egídio, na Itália, que assinalou 40 anos de existência numa cerimónia realizada em Maputo.
A Comunidade Católica Sant’Egídio é conhecida em Moçambique sobretudo pelos préstimos de mediador que emprestou às conversações que culminaram com o acordo que trouxe a paz de volta ao país em 1992.
Se motivado ou não pelo sucesso alcançado naquela missão, então quase impossível, o certo é que há seis anos a Comunidade Sant’Egídio voltou a sonhar e a acreditar.
Aquela organização deu início à implementação do Programa DREAM, uma sigla inglesa que significa Reforço Medicamentoso Contra a Sida e a Sub-nutrição. 

Números elucidativos 

Os números apresentados por Andrea Riccardi, o fundador da Comunidade Sant’Egídio, são elucidativos.
"Meio milhão de moçambicanos já beneficiaram do DREAM, com acções de educação sanitária, ajuda nutricional e distribuição de filtros de água. Sessenta e quatro mil pessoas fizeram testes de HIV nos nossos centros.
"Para além disso, 48 mil pessoas seropositvas são assistadas nos centros DREAM e destas, nove mil e quinhentas têm menos de 15 anos. Quatro mil oitocentas e cinquenta crianças de mães seropositivas nasceram sem HIV."
Mas, o que estará por detrás do sucesso do programa DREAM?
A Coordenadora do Programa, Inês Zimba, diz que os instrumentos e os medicamentos são os mesmos, pelo que o sucesso deve ficar a dever-se ao empenho.
"Temos uma filosofia de trabalhar a pessoa, o ser humano, respeitá-lo e fazer dele o nosso parceiro."
Inês Zimba concedeu que a vertente de apoio nutricional também é muito importante.
"O apoio nutricional complementa o que fazemos. Passamos muito tempo com o paciente, educando-o, ensinando como melhorar a sua saúde, como viver o seu dia.
"Portanto, não é só dar os medicamentos mas também fazer com que o paciente entenda e saiba viver com o HIV por muitos anos."

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