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Defensora do início do TARV no país, Paola Germano, da Comunidade de SantoEgídio, enaltece decisão
21
Giu
2011
21 - Giu - 2011



O tratamento antiretroviral gratuito começou em Moçambique em 2003, quando ainda poucas pessoas tinham acesso ao coquetel contra a Sida na região da África Austral. E a Comunidade de SantoEgídio foi uma das principais organizações que negociou a introdução desse tipo de terapia no país.

Segundo Paola Germano, coordenadora do Programa DREAM (Enhancement against AIDS and Malnutrition), da Comunidade de SantoEgídio em Moçambique, essa foi uma decisão muito corajosa.

Volvidos 10 anos, ela mostra-se satisfeita pela seriedade com que as autoridades sanitárias nacionais encararam o facto, expandindo o tratamento. Hoje contabiliza-se 235 mil pessoas que estão na terapia antiretroviral em todo o país, e em consequência disso vão melhorando a qualidade de vida.

“Uma pessoa que tem HIV e faz o tratamento antiretroviral abaixa a carga viral e automaticamente reduz o risco de transmissão da doença”, explica a responsável, e acrescenta que isto é que justifica o facto de muitos países da Europa e nos Estados Unidos da América não mais nascerem bebés com infecção do HIV.

Entretanto, no meio da satisfação há um misto de frustração, diz Paola. Trata-se do estigma que as pessoas vivendo com HIV e Sida sofrem.

“A abordagem do HIV tem que ser em todos os níveis. Não só em camadas mais pobres”, salienta ela querendo referir o facto da doença continuar a ser vista como sendo um problema de pessoas pobres.

Apesar do avanço no tratamento, mais de 500 mil pessoas deveriam estar a receber antiretrovirais em Moçambique, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas.

Ricardo Jossias Machava

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