Roma, 5/19/2006 (PLUSNEWS) – A Comunidade de Santo Egídio é optimista. Diz que combater a SIDA em África não é apenas salvar muitas vidas, mas salvaguardar o futuro de todo o continente evitando o empobrecimento dos seus recursos humanos. 
 
Com efeito, realizou, hoje, em Roma, Itália, a conferência internacional  "Um sonho para África: Crianças sem Sida" para a apresentação dos resultados e planificação das actividades do seu programa de tratamento antiretroviral DREAM. 
 
Num comunicado de imprensa, a Comunidade de Santo Egídio defende uma viragem efectiva no tratamento da SIDA em África, dando particular atenção às crianças. 
 
No encontro, a Comunidade de Santo Egídio juntou peritos internacionais, ministros de saúde ou seus representantes de países da África subsaariana, incluindo Angola e Guiné-Bissau. De Moçambique participou a esposa do Presidente da República, a bióloga Maria da Luz Guebuza. 
 
O DREAM, que oferece serviços gratuitos de prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/SIDA, iniciou há quatro anos, em Moçambique, tendo se expandido para a Guiné-Bissau, Guiné-Conakry, Malawi, Quénia e Tanzânia. 
 
Nos 19 centros de tratamento em África, o DREAM contribui para que 1.850 bebés de mães seropositivas tenham nascido sem o HIV, graças à terapia antiretroviral. 
 
Com 95 por cento de aderência nos seus pacientes, o DREAM tem em tratamento antiretroviral dez mil pessoas, entre os quais 700 crianças. Em Moçambique tem sete mil pessoas em tratamento e 100 na Guiné-Bissau. 
 
O DREAM estabeleceu 11 laboratórios de biologia molecular para a monitoria dos pacientes, e formou 1.500 profissionais de saúde, incluindo para cuidados domiciliários. 
 
Ao celebrar as conquistas, o DREAM anuncia também a abertura de centros de tratamento em Angola, Congo e Nigéria.