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12
Feb
2007
12 - Feb - 2007



da: Irin Plusnews  


Crianças seropositivas excluídas e esquecidas



Cacilda Massango: "Para nós adultos é mais simples, um comprimido de manhã e um à noite. Para as crianças, é complicado."
Crédito: P. Rolletta/PlusNews

Maputo – Quase três mil crianças estão em tratamento antiretroviral em Moçambique, equivalente a nove por cento do total que recebem os medicamentos que prolongam a vida. A meta para este ano é de atingir 3,500 crianças.

Os Hospitais de Dia, especializados no atendimento a pacientes seropositivos, tem registadas 13,780 crianças, de um total de 138,400 pacientes.

No entanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância estima que ha 99,9000 crianças seropositivas menores de 15 anos no país.

Globalmente, em seis mortes relacionadas com a Sida, uma é uma criança menor de 15 anos. Em 2005, morreram 570 mil crianças por causa da Sida, no mundo, das quais 480 mil em África.

“As crianças seropositivas carecem de tratamento, porque estão excluídas das políticas nacionais; são esquecidas pelo público, que vê a Sida como uma doença de adultos; e esquecidas pelos líderes, que focalizam os adultos no tocante a leis, políticas e orçamentos”, disse o ano passado o enviado especial das Nações Unidas para a Sida em África, Stephen Lewis.

Xaropes e comprimidos

Nos países desenvolvidos, graças à expansão do corte da transmissão vertical, já quase não nascem bebés seropositivos. Por tanto, há poucos incentivos económicos para as companhias farmacêuticas desenvolverem fórmulas pediátricas de ARVs. O mercado é pouco promissor, dado que a maioria de crianças seropositivas vive em países pobres.

Os ARVs pediátricos existentes são difíceis de determinar, administrar e armazenar. Alguns comprimidos devem ser partidos segundo o peso da criança. Outros são grandes, difíceis de tragar; os xaropes, desagradáveis. A dose deve ser ajustada segundo o peso da criança, que pode mudar de mês a mês ou mesmo semanalmente.

Xaropes e comprimidos não são adequados para crianças mais crescidas, porque precisam de doses maiores, mas não há comprimidos com doses baixas de ARVs.

As formulações pediátricas existentes, assim como os ARVs de primeira e segunda linha para crianças são entre cinco e oito vezes mais caras que os de adultos.

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