HomeDREAMSavana (Moçambique) – Da saúde física à “vida plena”: o papel das activistas no DREAM
22
Mag
2008
22 - Mag - 2008



Por Vittoria Di Lelio 

Verónica Julião Chuma está muito satisfeita. Veio da Beira para Roma para partecipar na VI Conferência Internacional do programa DREAM, na semana passada.
"Encontrei as minhas colegas do Malawi, da Tanzãnia, do Quénia, da Guiné Bissau, da Nigéria. 
No todo, éramos mais de cem. Foi uma troca de expe-riências importante porque nos apercebemos que os problemas são iguais em todo o lado. E quando sae muitas pessoas a partilhardo mesmo problema, a percepção torna-se diferente: os problemas ficam mais pequenos". 

Eram mais de cem as activistas, e quase cinquenta de Moçambique, que se juntaram na VI Conferência Internacional DREAM, em Roma, nos dias 15 e 16 de Maio, com o título "Comu¬nidade e Saúde – DREAM, um modelo para Africa". Todas foram recebidas pelo Presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, juntamente com os ministros da saúde ou representantes dos países africanos onde está já presente o programa DREAM. 

Garantir fornecimento de medicamentos

"Quem é o paciente afri-cano? A fotocópia do paciente ocidental?", questionou Gianni Guidotti, um dos médicos responsável do programa DREAM, durante a conferência. "Não. O pacien-te africano tem uma sua própria especificidade, uma sua peculiaridade que se deve sempre ter em mente. Os sistemas africanos devem adoptar os seus modelos operacionais tendo em conta esta especificidade. Um modelo sanitário "ligeiro", não baseado em grandes centros, mas num vasto sistema de centros de base, interligados entre eles e com centros de referência. O grande desafio é garantir aos pacientes africanos o fornecimento de reagentes e fármacos que não podem ser suspendidos. São para toda a vida!" 

Envolvimento das comu-nidades 

O envolvimento das comu-nidades é ùm dos pilares da abordagem global do pro-grama DREAM (Reforço Medicamentoso contra o SIDA e malnutrição, para os países com escassos re-cursos): os activistas são promotores de campanhas de informação graças à presença constante nos bairros e nas aldeias. São eles que garantem o acolhimento nos vários centros DREAM, já em 10 países africanos, aos novos pacientes que se aproximam pela primeira vez ao programa de tratamento e para oferecer o seu proprio testemunha
Coube a Jane Mpande, activista do Malawi, apre-sentar o "itinerário" do paciente HIV-positivo, do deses-pero à esperança, do re-sultado de um questionário ao qual responderam 100 activistas da associação "Eu DREAM". O que significou para tf a notícia da doença? 44,7% revela que o primeiro sentimento foi o medo de morrer, enquanto 29% está preocupado com a família. Mesmo esta resposta faz pensar à morte e ao desa-parecimento.Cerca de 13% sente prevalecer o medo da marginalização e do aban-dono. Confirma-se assim que ainda hoje em dia em África ao anúncio da seropositi-vidade ao teste do HIV equivale a uma sentença de morte.
"Pensem ao que cada um de nós experimentou como paciente mal chegou num centro DREAM: tudo é gratuito, somos acolhidos com gentileza e existe um grande interesse

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