HomeDREAMAgenzia Lusa (Mozambico) – Jorge Sampaio, l’ex presidente del Portogallo ora diventato inviato speciale per la tubercolosi per le UN, ha visitato DREAM in occasione di una visita all’ospedale di Machava
03
Apr
2007
03 - Apr - 2007



Maputo, 03 Abr (Lusa) – A relação crescente entre SIDA e tuberculose, que Jorge Sampaio tem procurado demonstrar na sua visita a Moçambique, tornou-se hoje evidente na visita ao "hospital da tuberculose" onde 85 por cento dos doentes são seropositivos.
No Hospital Geral da Machava, conhecido como o "hospital da tuberculose" por a quase totalidade dos doentes ali internados padecerem da doença, 1031 dos 1218 pacientes testados são seropositivos.
"Tenho a obrigação de conhecer os números e portanto conhecia a realidade. Mas quando vemos essa percentagem aqui diante de nós é diferente de estar a ler um livro onde essas coisas estão ditas", admitiu, durante a visita, o enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para a luta contra a tuberculose.
"Não é mais possível separar uma doença da outra", disse o antigo presidente português, insistindo que "a tuberculose e a SIDA são duas doenças que estão cada vez mais ligadas entre si e não se pode atacar uma sem atacar a outra".
"Isso para mim é cada vez mais evidente. E, portanto, os altos responsáveis internacionais têm que debruçar a sua atenção sobre a relação crescente que há entre as duas doenças e, naturalmente, não há programas verticais que continuem sem ter a capacidade de se entenderem entre si e trabalhar conjuntamente", frisou Jorge Sampaio.
Para o emissário da ONU, que se visitou algumas enfermarias, qualquer abordagem terapêutica terá que passar por encarar "as duas doenças em simultâneo".
No segundo de três dias de uma visita a Moçambique, dedicada quase integralmente a conhecer no terreno o trabalho feito em matéria de luta contra a tuberculose, o ex-presidente foi recebido com cânticos e danças tradicionais moçambicanas no Hospital da Machava, nos arredores de Maputo.
"Bem-Vindo Excelentíssimo Senhor Professor Doutor Jorge Sampaio e a Delegação Que o Acompanha. Sinta-se em Casa", podia ler-se escrito a giz numa ardósia preta colocada à entrada do hospital, a única notícia do dia no "jornal do povo" (nome que é dado ao espaço).
Joana Nachaque, médica responsável pelo serviço de tuberculose, foi a cicerone de Jorge Sampaio na visita ao hospital, que, com as suas 220 camas, recebe doentes de quase todas as províncias do sul do país. Segundo a médica, cerca de 30 por cento dos doentes ali internados acabam por morrer.
De máscara verde a cobrir-lhe a boca e o nariz, Sampaio foi vencendo os sucessivos lanços de escadas (o hospital está sem elevador há um ano) e entrou nas enfermarias para conversar com os doentes.
Numa das salas de seis camas e paredes lilases estava Inácio André, de 21 anos, com o tornozelo direito preso à cama por algemas de ferro. "Alguém me provocou e lutámos", é a explicação que dá para o facto de ter sido encarcerado na cadeia central de Maputo.
"Sente-se um pouco melhor?", perguntou-lhe Jorge Sampaio, a quem o doente respondeu com o olhar melancólico de quem se viu transformado em prisioneiro pelas vicissitudes da vida.
O momento mais marcante acabou por acontecer no último piso, uma espécie de "gueto" onde estão internados os doentes multi- resistentes que, por terem interrompido a doença precocemente e sofrido ma recaída, desenvolveram um tipo bacilo mais difícil d

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