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Doentes de HIV-Sida e organizações da sociedade civil agitaram MISAU
09
Ago
2009
09 - Ago - 2009



Maputo (CanalMoz) – Pela manhã de ontem, segunda-feira, várias pessoas que padecem de HIV-Sida e organizações da sociedade civil que trabalham em prol dos pacientes desta doença concentraram-se no edifício do Ministério da Saúde para pôr termo à falta de diálogo e arrogância protagonizados pelo ministro da Saúde, Ivo Garrido. Segundo o coordenador do Movimento para o Acesso ao Tratamento em Moçambique, (MATRAM), César Mufaniquiço, os vários fóruns entre o Governo e a sociedade, civil têm redundado em fracasso. O fracasso reside no facto de cinicamente a contraparte governamental não ouvir as posições da sociedade civil e só minimizar os problemas actualmente existentes e constatados no terreno.
“A marcha a nível nacional visa mostrar ao povo moçambicano os entraves que as entidades da Saúde estão a encobrir de forma a aumentar mais mortes de pessoas com uma doença que se pode tratar”, repisou César Mufaniquiço.
Momentos depois, o ministro da Saúde, Ivo Garrido, largou o seu gabinete de trabalho para conversar com os doentes de HIV-Sida e as organizações da sociedade civil que estavam no edifício do Ministério da Saúde.
Ivo Garrido falou nos seguintes termos: “estou aberto para dialogar convosco. Vamos acolher todas as preocupações levantadas para uma posterior solução”. O certo é que só agora procura o diálogo. Depois de tudo escangalhado. De referir que o governo fechou os hospitais-dia alegando que os casos de HIV-Sida passariam a ser tratados em hospitais comuns mas o que se vê no terreno é que estas unidades são, de longe, incapazes de desempenhar cabalmente o papel que competia aos hospitais-dia. Enquanto estes se dedicavam unicamente aos doentes, as unidades comuns já não conseguem prestar o mesmo nível de cuidados uma vez que elas por si já vêem enfrentado problemas para satisfazer a demanda de doentes com problemas comuns e com este acréscimo de responsabilidade acabam ficando mergulhados num desespero total.
Enquanto isso os pacientes que agora se vêem confrontados com uma prestação de serviço deficitário vão abandonando o tratamento. Muitos acabam por perder a vida. (Conceição Vitorino)

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